10 - O Fulano do Elogio

Era uma vez, no interior de Pernambuco, lá no sertão seco de dá dó, uma família onde moravam o pai, a mãe e três filhos.

O filho mais velho era querido por todos porque em todo lugar que chegava ele sempre via algo bom para elogiar.

-Puxa, que linda roupa, Seu Zé! – mas o seu Zé mesmo era muito feio, mas não precisava dizer.
-Severina, vc pintou a casa de uma cor muito bonita! – Mas a casa era muito feia, mas não precisava dizer.

Havia um menino que se chamava Ronaldinho Fenômeno da Silva. Ele ficava triste porque não jogava bola direito, mas o rapaz do elogio o viu e disse:

-Ronaldinho, como vc consegue segurar a bola assim equilibrando? Puxa, vc é um bom equilibrista.

E este menino virou artista de circo.

Aquele rapaz, como não sabiam o nome dele direito, era chamado de Fulano do Elogio. E todos gostavam muito dele.

Um dia roubaram uma sanfona e o ladrão, fugindo da polícia, acabou por jogar a sanfona pela janela da casa de Fulano do Elogio. Ele não sabia de nada e achou que ganhara um presente.

Então aprendeu a tocar e seus irmãos também. Depois de algum tempo resolveu se apresentar numa festa e disse os nomes artísticos de todos do conjunto:

-eu sou Fulano, aquele ali é meu irmão Beltrano e o outro o Sicrano.

Todos riram muito e a festa foi boa. Eles tocaram muito bem, revezando a sanfona, outro com o triângulo e outro com a zabumba.

Fulano falou que aquela sanfona aparecera em sua casa e o dono resolveu buscar. Quando chegou em outra festa e viu os irmãos tocando resolveu dar de presente a eles porque eram boa gente e mereciam.

Todos gostavam de tê-los por perto porque só falavam coisas para alegrar as pessoas.

Aprendam esta lição, se deseja ver as pessoas felizes:


“Um elogio vale mais que mil palavras”.

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